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Hot & Not II: Diogo Morgado & J.J. Abrams

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O “Hot & Not” regressa ao TVD, agora em versão reduzida. Todas as semanas, dois tópicos sobre televisão que marcam a actualidade abertos à discussão.

HOT: No HOT desde semana, só podia estar o #HotJesus

Numa altura em que uma versão reduzida da minissérie “The Bible” invadiu as salas de cinema norte-americanas, soube-se que Diogo Morgado conseguiu um dos papéis principais num dos pilotos em contenção na CW para a próxima temporada, “The Messengers” (um drama de ficção científica sobre um grupo de estranhos, sem aparente ligação entre si, que “morrem” após a queda de um misterioso objecto na Terra, descobrindo após esse acontecimento que lhes foi dada a responsabilidade de prevenir um iminente Apocalipse). Toda a gente sabe que a produção de um piloto não é garantia que se figurará da grelha de um canal na próxima temporada, mas este é um dos mais falados da CW nesta pilot season e o Diogo Morgado pode ter aqui uma boa oportunidade de solidificar a fama que conseguiu com “The Bible” por terras de Tio Sam. Quem diria que um projecto do History Channel (que nunca tinha feito ficção até à data), sobre uma das histórias mais contadas de sempre, iria dar tanta exposição a um actor português?

NOT: J.J. Abrams deixou de ser garantia de televisão de qualidade? Ou será que nunca o foi?

A par de Chuck Lorre, Shonda Rhimes e Ryan Murphy, J.J. Abrams é um dos produtores com mais séries em exibição na televisão norte-americana da actualidade. “Person of Interest” encontra-se na sua terceira temporada, “Revolution” na sua segunda temporada, “Almost Human” terminou (a temporada? a série?) recentemente e “Believe” estreia esta semana. A diferença entre Abrams e os restantes é que este é um homem ocupado com outros voos (cinematográficos, tendo a seu cargo três dos maiores franchises de sempre: “Star Trek”, “Star Wars” e “Mission: Impossible”), enquanto os outros mantêm um envolvimento de maior proximidade com as séries que produzem, assumindo mesmo o papel de showrunner, se não em todas, quase.

A verdade é que à excepção de “Person of Interest”, que ainda assim demorou o seu tempo a solidificar-se, os projectos televisivos que nos têm chegado nos últimos tempos com o seu nome associado parecem já não ser garantia de televisão de qualidade como noutros tempos. A expectativa em torno das séries quando elas ainda se encontram em fase de produção continua intensa, mas assim que as mesmas começam a ser exibidas rapidamente o interesse, olhando para a generalidade da recepção, se vai desvanecendo.

Independente de quem as considere boas ou más, “Almost Human” e “Revolution” não se têm conseguido impor como “trend” ou fervoroso tópico de discussão e, olhando um pouco para trás, de “Undercovers” já ninguém se lembra que tenha existido e de “Alcatraz” devem contar-se pelos dedos. Mas será esta uma tendência recente?

Olhando um pouco mais para trás, encontramos “Alias”, “Lost” e “Fringe”, três fenómenos de culto, criados ou co-criados por ele (o que não acontece com “Person of Interest”, “Revolution”, “Believe”, “Almost Human”, “Alcatraz”, “Six Dregrees” ou “What About Brian”, séries criadas por outras pessoas onde ele apenas serviu/serve como produtor executivo) mas cujo crédito do sucesso Abrams não pode reclamar para si na totalidade, já que foram outras pessoas que conduziram os destinos das mesmas durante praticamente toda a sua duração (excepção feita a “Alias”, aquela em que teve um envolvimento substancial). As ideias podem ter sido dele, ou dele em conjunto com outras pessoas, mas foram outros que as desenvolveram verdadeiramente, tenha sido para o bem ou para o mal (o que variará consoante as opiniões).

Mas a verdade é que a televisão funciona como tudo o resto: por mais colaborativo que seja um trabalho, é aquele que é visto como o líder que recolhe os créditos. E Abrams tem sabido ser esse líder ao ponto de hoje em dia muitos argumentistas procurarem o apoio do seu nome para conseguir convencer os executivos dos canais a dar uma chance aos seus projectos. Porém, pelo que se tem visto, os resultados não têm sido os melhores.


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